sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Para meu amigo Carlos Secundo






De todas as lembranças que carrego na vida, esta foto representa uma das mais queridas. Era 2011 e lá estávamos, eu e Carlos Luiz Secundo, nos preparativos finais para nossa primeira maratona, em Buenos Aires.

A foto tirada por Claudio Arruda, técnico da Ápice, registra muito mais do que o momento que estávamos concluindo uma corrida de 10 milhas em Brasília, mostra o sentimento mais puro e valioso desta vida: uma amizade verdadeira.

Treinamos juntos por vários meses. Aliás, nos divertimos juntos várias vezes. Os treinos e corridas nos finais de semana eram compromissos obrigatórios, era um pacto de felicidade plena. E sempre estávamos lá, um ao lado do outro.


O mais interessante dessa história é que, um pouco antes da largada da Maratona de Buenos Aires, Seu Carlos percebeu que havia perdido o chip. Com isso, teve que voltar para procura-lo. Não deixou que eu fosse com ele, com receio de que eu perdesse a largada da prova. A contragosto, tivemos que nos separar e, para mim, lá se ia o sonho de corremos os 42 km juntos, como tínhamos programado.

Passei a maratona inteira procurando por ele e nada. Quando faltavam uns 3 a 4 km para o término da prova, na saída de um parque, vejo a cabecinha branca (marca registrada) do meu amigo. Dei um pique e cheguei ao seu lado sorrateiramente.

A intensa emoção que senti quando o encontrei, tenho guardada no meu coração para sempre. Corremos os últimos quilômetros juntos, desejando que aquele momento não terminasse nunca.

Cruzamos a linha de chegada juntos, abraçados e chorando como duas crianças. Afinal, o plano não era somente correr uma maratona, mas sim, correr uma maratona juntos.

Depois de 6 anos, rever essa foto só me traz boas lembranças e uma certeza: nossa amizade é verdadeira e eterna!

Um grande abraço meu amigo e ídolo Carlos Luiz Secundo! Em breve estaremos juntos novamente! As ruas de Brasília e do mundo nos aguardem!!!!

Um comentário:

  1. Preciosa manifestação de amizade Que bela crônica. É disso, de dias e cenas como viveu com ele, do que se faz a vida plena.

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