Fui até a Fazenda Esperança, fui passar o São João.
Peguei estrada de barro e senti a brisa que corre
permanentemente na sua varanda toda decorada.
Na varanda é onde as histórias são contadas, por pessoas que
se encontram para festejar a vida, numa acolhida generosa daquela família que
se beija e se abraça num ritual de uma eterna celebração por estarem juntas.
Lá tem bichos: cavalos, gado, carneiros. Lá é proibido caçar
passarinho. Não vi televisão, nem vi luxo, mas vi muitos passarinhos. E, de binóculo,
vi como é grande a Pedra do Chapéu.
Tem música alta e churrasco, degustados no meio de muitas
risadas, oriundas de tantas histórias contadas como “causos” de vidas
bem-aventuradas.
Teve também galinha caipira, bolos diversos, feijoada,
macaxeira e salgadinhos caseiros. Tudo o que comemos foi preparado com
abundância de temperos especiais: amor, gratidão e generosidade.
De lá, à noite, saí para dançar forró em Cacimba de Dentro e
Araruna e olhe que, por incrível que pareça, escutar forró em festa junina é
difícil hoje em dia.
Voltei de lá com um monte de coisas: queijo, leite, doce de
leite e pinhas.
No fundo, trouxe comigo o mais importante: a Fazenda
Esperança dentro do meu coração.
Sim, por que a fazenda não é apenas um lugar, é um sentimento
de um monte de coisas boas dentro do coração que te faz acreditar que ainda há
razões para ter esperança.
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